domingo, 23 de maio de 2010

RELIGIOSIDADE - OS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS

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Foi uma das mais famosas Ordens Militares de Cavalaria. A organização existiu por cerca de dois séculos na Idade Média, fundada no rescaldo da Primeira Cruzada de 1096, com o propósito original de proteger os cristãos que voltaram a fazer a peregrinação a Jerusalém após a sua conquista.
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Os seus membros fizeram voto de pobreza e castidade para se tornarem monges. Usavam seus característicos mantos brancos com a cruz vermelha de malta, e seu símbolo passou a ser um cavalo montado por dois cavaleiros.

Oficialmente aprovada pela Igreja Católica por meio do papa Honório II em torno de 1128, ganhando insenções e privilégios, dentre estes, o lider teria o direito de se comunicar diretamente com o papa. a Ordem tornou-se uma das favoritas da caridade em toda a cristandade, e cresceu rapidamente tanto em membros quanto em poder, estavam entre as mais qualificadas unidades de combate nas Cruzadas e os membros não-combatentes da Ordem geriam uma vasta infra-estrutura econômica, inovando em técnicas financeiras que constituíam o embrião de um sistema bancário, e erguendo muitas fortificações por toda a Europa e a Terra Santa. A regra dessa ordem religiosa de monges guerreiros (militar) foi escrita por São Bernardo.

O seu crescimento vertiginoso, ao mesmo tempo que ganhava grande prestígio na Europa, deveu-se ao grande fervor religioso e à sua incrível força militar. Os Papas guardaram a ordem acolhendo-a sob sua imediata proteção, excluindo qualquer intervenção de qualquer outra jurisdição fosse ela secular ou episcopal. Não foram menos importantes também os benefícios temporais que tal Ordem recebeu dos soberanos da Europa. O poder da Ordem tornou-se tão grande que, em 1139 que o papa Inocêncio II emitiu um documento declarando que os templários não deviam obediência a nenhum poder secular ou eclesiástico, apenas ao próprio papa.

Levando uma forma de vida austera não tinham medo de morrer para defender os cristãos que iam em peregrinação a Terra Santa. Como exército nunca foram muito numerosos aproximadamente não passavam de 400 cavaleiros em Jerusalém no auge da Ordem, mesmo assim foram conhecidos como o terror dos maometanos. Quando presos rechaçavam com desprezo a liberdade oferecida a preço de apostatarem (negação da Fé cristã).
Com o passar do tempo a ordem ficou riquíssima e muito poderosa: receberam várias doações de terras na Europa, ganharam enorme poder político, militar e econômico, o que acabou permitindo estabelecer uma rede de grande influência no continente. Também começaram a ser admitidas na ordem, devido à necessidade de contingente, pessoas que não atendiam aos critérios que eram levados em conta no início. Logo, o fervor cristão, a vida austera e a vontade de defender os cristãos da morte deixaram de ser as motivações principais dos cavaleiros templários.
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Filipe IV de França pensou em apropriar-se dos bens dos Templários, e por isso havia posto em andamento uma estratégia de descrédito, acusando-os de heresia. A ordem de prisão foi redigida em 14 de Setembro de 1307 no dia da exaltação da Santa Cruz, e no dia 13 de Outubro de 1307 (uma sexta-feira, daí a superstição do dia de azar) o rei obrigou o comparecimento de todos os templários da França. Os templários foram encarcerados em masmorras e submetidos a torturas para se declararem culpados de heresia, no pergaminho redigido após a investigação dos interrogatórios, no Castelo de Chinon, no qual Filipe IV de França, influenciado por Guilherme de Nogaret havia prendido ilicitamente o último grão-mestre do Templo e alguns altos dignitários da Ordem.
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PAPA CLEMENTE V
O Pergaminho de Chinon atesta que o Papa Clemente V, absolveu os templários, das acusações de heresia, evidenciando, assim, que a queda histórica da Ordem deu-se por causa da perda de sua missão e de razões de oportunismo político. Da perda de sua missão o que caracterizou não mais uma vida austera como no inicio da ordem se aproveitou Felipe, o Belo, para se apoderar dos bens da Ordem, acusando-a de ter se corrompido. Ele encarcerou os Superiores dos Templários, e, depois de um processo iníquo, os fez queimar vivos, pois obtivera deles confissões sob tortura, que eram consideradas nulas pelas leis da Igreja e da Inquisição, bem como pelos Concílio de Vienne (França) em 1311 e Concílio regional de Narbona (França) em 1243.

A destruição da Ordem do Templo propiciou ao rei francês não apenas os tesouros imensos da Ordem (que estabelecera o início do sistema bancário), mas também a eliminação do exército da Igreja, o que o tornava senhor rei absoluto, na França. Nos demais países a riqueza da ordem ficou com a Igreja Católica.
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 JACQUES DE MOLAY
Na sua pira, De Molay teria desafiado o rei e o Papa a encontrá-lo novamente diante do julgamento de Deus antes que aquele ano terminasse - apesar de este desafio não constar em relatos modernos da sua execução. Felipe o Belo e Clemente V de fato morreram ainda no ano de 1314.

Além de possuir riquezas (ainda hoje procuradas) e uma enorme quantidade de terras na Europa, a Ordem dos Templários possuía uma grande esquadra. Os cavaleiros, além de temidos guerreiros em terra, eram também exímios navegadores e utilizavam sua frota para deslocamentos e negócios com várias nações. Devido ao grande número de membros da Ordem, apenas uma parte dos cavaleiros foram aprisionados (a maioria franceses). Os cavaleiros de outras nacionalidades não foram aprisionados e isso os possibilitou refugiar-se em outros países. Segundo alguns historiadores, alguns cavaleiros foram para Escócia, Suiça, Portugal e até mais distante, usando seus navios. Muitos deles mudaram seus nomes e se instalaram em países diferentes, para evitar uma perseguição do rei e da Igreja. O desaparecimento da esquadra é outro grande mistério. No dia seguinte ao aprisionamento do cavaleiros franceses, toda a esquadra zarpou durante a noite, desaparecendo sem deixar registros. 

Um dado interessante relativo aos cavaleiros que teriam se dirigido para Suiça, é que antes desta época não há registros de existência do famoso sistema bancário daquele país. Até hoje utilizado e também discutido. Como é sabido, no auge de sua formação, os cavaleiros da Ordem desenvolveram um sistema de empréstimos, linhas de crédito, depósitos de riquezas que na sua época já se assemelhava bastante aos bancos de hoje. É possível que foram os cavaleiros que se refugiaram na Suiça que implantaram o sistema bancário no lugar e que até hoje é a principal atividade do país.

Os Templários entraram em Portugal ainda no tempo de D. Teresa, que lhes doou a povoação de Fonte Arcada, Penafiel, em 1126. Um ano depois, a viúva do conde D. Henrique entregou-lhes o Castelo de Soure sob compromisso de colaborarem na conquista de terras aos mouros. Em 1145 receberam o Castelo de Longroiva e dois anos decorridos ajudaram D. Afonso Henriques na conquista de Santarém e ficaram responsáveis pelo território entre o Mondego e o Tejo, a montante de Santarém.

Os Templários Portugueses a partir de 1160 ficaram sediados na cidade de Tomar. Através da bula Regnans in coelis (12 de agosto de 1308) o Papa Clemente V dá conhecimento aos monarcas cristãos do processo movido contra os Templários. Em Portugal, a partir de 1310 o rei D. Dinis buscou evitar a transferência dos bens da ordem extinta para os Hospitalários. Posteriormente, a 15 de março de 1319, pela bula Ad ae exquibus o Papa João XXII instituiu a Ordo Militiae Jesu Christi (Ordem da Milícia de Jesus Cristo) à qual foram atribuídos os bens da extinta ordem no país. Após uma curta passagem por Castro Marim, a nova Ordem viria a sediar-se também em Tomar.

Fonte: Wikipédia
Veja o site Ordem Templarios
Filmes recomendados:
* Arn, o cavaleiro templário (2007)
* Cruzadas (2005)
* Sangue dos templarios (2004) - Minisérie alemã em 2 capítulos
* O código Da Vinci (2006)

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