quarta-feira, 4 de novembro de 2009

HISTÓRIA DO CINEMA - PARTE 15: CINEMA ALEMÃO


ALEMANHA - As décadas de 40 e 50 são marcadas pela estagnação. Nos anos 60 e 70, brilha o cinema novo alemão com os filmes amargurados de Rainer Fassbinder (As lágrimas amargas de Petra von Kant), o lirismo de Werner Herzog (O enigma de Kaspar Hauser), as experiências de Werner Schroeter (Macbeth) com a linguagem teatral e as felizes adaptações literárias de Volker Schloendorff (O jovem Törless, O tambor). Os anos 80 começam com a visão do universo feminino de Margarethe von Trotta (Os anos de chumbo), a adaptação da ópera Parsifal, de Wagner, por Hans-Jürlegen Syberberg, e a obra muito particular de Wim Wenders (Paris, Texas, Asas do desejo), considerado seguidor de Antonioni. O cinema alemão revela ainda Wolfgang Petersen (História sem fim), Robert Van Ackeren (Armadilha para Vênus), Rudolf Thome (O filósofo), Michael Verhoeven (Uma cidade sem passado), Doris Dorrie (Homens) e Percy Adlon (Bagdá Café). Werner Herzog (1942- ), diretor alemão, forma com Rainer Fassbinder e Win Wenders o trio central do novo cinema alemão. De família pobre, estuda história e literatura em sua cidade natal, Munique. Aos 15 anos, escreve o seu primeiro roteiro. Mais tarde, recebe uma bolsa para estudar nos Estados Unidos. Faz filmes e documentários em diversos países, como Aguirre, a cólera dos Deuses (1972) e Fitzcarraldo (1981), no Brasil e Peru, Fata Morgana (1969), na África, Coração de cristal (1976), na Irlanda, e Nosferatu e Woyzeck (1978), na Holanda e Tchecoslováquia. Trabalha para a tevê e publica todos os roteiros de seus filmes. Rainer Fassbinder (1945-1982) nasce na Baviera, deixa os estudos aos 19 anos e passa a integrar um grupo de teatro, em Munique. Posteriormente, trabalha como ator, roteirista e diretor no teatro, rádio, cinema e televisão. Influenciado pelos diretores Howards Hawks e Fritz Lang, encontra também no teatro de Brecht uma fonte de inspiração. Em 1968, dirige o seu primeiro longa-metragem. Em seus filmes, como Querelle (1982) e a trilogia O casamento de Maria Braun (1978), Lili Marlene (1980) e Lola (1981), estão sempre presentes temas relativos ao sexo, violência e degeneração.

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